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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Adeus UFOP

Há três anos atrás nesse mesmo blog eu escrevi um texto falando da minha paixão com o jornalismo mas também da minha decepção. Isso aconteceu quando eu estava no meio 2 período do curso de Jornalismo na PUC MINAS e já trabalhava na TV Record Minas como estagiária. Foi um verdadeiro choque de realidade, quando eu vi o que era o jornalismo de verdade e claro, quando eu assustei e tentei fugir. Apenas tentei, porque quando você nasce com um dom e uma paixão, ela te acompanha o resto da vida. Apesar da minhas dificuldades, nunca consegui desistir, por mais que eu até tentasse. Foi quando em meados de 2010, nesse momento eu estava na FACHA, eu resolvi voltar pra Minas. Senti saudades da minha terra e queria ficar mais perto da minha vó.

Mas nada na vida acontece como a gente planeja, e quando eu já não planejava mais nada, a UFOP entrou na minha vida como um pára-quedas. Apareceu da noite pro dia e permaneceu até o final da minha graduação. Achei que nunca fosse chegar até o final, porque as dificuldades foram muitas, principalmente no final de 2011 para 2012. Eu pensei em desistir todos os minutos, chorava muito, me sentia sem chão, sem rumo e não sabia o que fazer. A minha sorte é que algumas coisas não vem sozinhas, e a UFOP veio com um presentão de deus: meu namorado! E com toda certeza do mundo, um dos principais motivos que me fizeram não desistir no meio do caminho, DE NOVO, foi ele.

Meu inicio na UFOP foi muito difícil por muitos motivos. Não conseguia me adaptar a uma cidade tão pequena e logo no inicio eu perdi a pessoa mais importante de toda minha vida, e se não fosse pelo amor em forma de João Victor eu jamais teria tido força pra continuar. Minha paixão do jornalismo veio da paixão pelas pessoas, da curiosidade e do meu modo de lidar com tudo aquilo que me cerca. Tive duvidas, na verdade tive milhões de duvidas até chegar na UFOP. Não sofri muito por causa da falta de estrutura e pelo fato de ser um curso novo, mas sofri com a dificuldade em me adaptar em um lugar que não tinha nada a ver comigo, e digo isso não só pela universidade, mas pelas pessoas! Era realmente um mundo completamente diferente de tudo que eu acreditava. E foi difícil permanecer cada minuto aqui.

Mas o que me fez ficar foi o tensão pelo Jornalismo, essa paixão louca que a gente não consegue explicar.  Eu achava que não gostava do jornalismo e muito menos que eu gostava de escrever, acredito que eu tenha criado um bloqueio muito grande nas outras universidades por onde eu passei. Minha paixão pela Televisão foi se transformando em uma paixão pelo audiovisual e pelo cinema, fiz alguns trabalhos na área ate descobrir NOVAMENTE que minha paixão era a TV e o Jornalismo. E mais do que isso, tinha algo que eu amava mais do que qualquer coisa e isso se chamava: PRODUÇÃO.

Produção de qualquer coisa: casamento, congresso, festa, programa de televisão! Trabalhei muito e trabalhei duro em vários eventos e FINALMENTE me encontrei. Eu sabia o que eu tinha de melhor e como usar isso. Mas não desisti do jornalismo, porque eu também o amava.
A UFOP foi minha mãe, minha segunda.. ops terceira MÃE! Nesse ultimo ano do curso, comecei a perceber minhas mudanças na escrita, na técnica e no aprendizado como profissional. E posso dizer sem nenhuma duvida que foi de 10 para 100%. Antes, costumava dizer que o curso de jornalismo era simplesmente para receber canudo, que ele não acrescentava conhecimento, porque não me acrescentava mesmo. Hoje não: o curso de jornalismo da UFOP me acrescentou não só conhecimento profissional como pessoal também. E nunca vou conseguir ser grata a cada professor e funcionário dessa universidade que me ajudou, me ouviu ou me estendeu as mãos.

Estou há mais ou menos um mês me preparando para o FIM. Nunca lidei muito bem com esse negócio de encerrar ciclos. Terminar uma fase da vida é tão difícil como começar outra. A saudade aperta mesmo antes de partir e só de pensar na mudança de vida o coração já chora. O ICSA (Instituto de Ciencias Sociais Aplicadas) fez parte da mina vida durante dois anos e meio. Reclamei inúmeras vezes , chorei e chorei MUUUUITO, mas levo tudo e todos comigo como se fossem minha família. Os amigos também ficam, os BONS e poucos amigos ficam, mas as desavenças também foram embora. Consegui deixar muito de mim para aqueles que estiveram próximo de alguma maneira, mas muitos também não conseguiram me compreender. No entanto, quem nessa vida consegue deixar sua mensagem para todos com um único entendimento? Nem Deus conseguiu esse milagre HAHAAHAHA

Agora começa uma nova fase, a do MEDO! Medo do desemprego, do que está por vir e do que não está por vir também! Só um medo não pode prevalecer: o medo de dizer a verdade, de ser ético e de amar o jornalismo! Nas ultimas semanas entrevistei mais de dez pessoas das mais variadas classes e jeitos, para três diferentes meios de comunicação e percebi o quanto a correria do dia a dia de um jornalista torna-se prazerosa quando você lida com gente! Gente como a gente, que tem seus medos e dificuldades como a gente! Mas que também sorri como a gente e sonha como a gente!

Meu ADEUS a UFOP, ao ICSA e a MARIANA!

Obrigada pela excelente experiência de viver esses 2 anos e meio tão intensamente que fizeram parecer terem passado 10 anos da minha vida! Obrigada pelo crescimento e amadurecimento que eu nunca vou saber explicar!


Até breve, na defesa da monografia! Até lá o que fica são saudades, apenas saudades de um tempo que não volta mais.