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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Meu namorado imaginário

Desde que o mundo é mundo (ou pelo menos desde que eu me entendo por gente), ouve-se milhares de histórias sobre príncipes encantados num mesmo esteriótipo : o cara lindo, legal, fofo e rico que se apaixona pela pobre menina que sempre sofre por algo ou alguém. Mas e seu príncipe encantado, você já parou pra pensar como ele seria? Vou reformular a pergunta: Seu namorado imaginário e encantado, como seria? Não sabe? Pois vou, relatar como seria o meu.

Meu namorado imaginário tem de ser alto e magro (alto pq os homens maiores que eu sempre me dão a idéia de proteção). Tem que ser meu amigo e companheiro, aquela pessoa que você confia de olhos fechados, aquele alguém que você tem necessidade de contar todos seus passos e sonhos nos mínimos detalhes e que ainda sim ri com você quando o riso parece incontido, te diz se vc errou e o que fazer para consertar ou em outros momentos simplesmente te abraça e consola, mas é um daqueles abraços que falam, que refletem todas as palavras que poderiam ser ditas. E ainda assim, alem de meu amigo tem que ser meu amante, tem que saber me pegar de jeito e saber me dar apenas carinho e chamego, tem que saber me fazer ir ao delírio durante uma transa e saber fazer amor com todo o carinho e amor que possa existir. Tem que ter aquele beijo que encaixa, que transmite na troca de salivas todo o sentimento de amor e desejo, de ternura e de ser amada.

Meu namorado imaginário é aquele que tem olhos falantes, que gosta de ir ao cinema ou ao teatro e comentar minuciosamente de tudo, que me liga ou mandar SMS apenas para desejar Bom dia ou Boa noite, que não diz Eu te amo mas demosntra isso em cada detalhe dia após dia. Meu namorado imaginário é aquele que me conquista fazendo surpresas, seja me buscando no trabalho ou na faculdade num dia exaustivo ou me fazer um super jantar quando tudo que mais preciso é não ir para a cozinha preparar algo. Aliais, ele tem que ser bom de cozinha . Meu namorado imaginário não precisa ter os mesmos gostos musicais que eu, mas tem de tocar violão e cantar. É aquele que troca o domingo no futebol com os amigos por um pequinique no parque com a família reunida.

Meu namorado imaginário é tímido e um pai coruja, é aquele que quando estou estressada ou de TPM faz todas minhas vontades e ignora minhas reclamações porque sabe que não sou sempre assim e, me entende e compreende. Meu namorado imaginário é aquele que não tem crises de ciúmes porque tem confiança no nosso amor, é aquele que quando vai fazer alguma critica fala tão delicadamente para que eu entenda seu ponto de vista sem me magoar. Meu namorado imaginário não precisa ser bonito fisicamente, mas precisa ser lindo externamente. Não pode ter vícios, a menos que o único vício dele seja o seu amor por mim.

Arnaldo Jabour em uma de suas crônicas, diz o seguinte: “..Se você busca o homem perfeito, pode continuar vendo novela das seis. Eles não existem nesse conceito que você imagina. O que você procura pode ser impossível de achar, então, procure algo que você pode achar e seja feliz ao invés de passar a vida inteira procurando algo indefectível que você nunca vai encontrar....”

Quem disse que eu não vou encontrar? Quem disse que meu namorado perfeito só está na novela das seis? Ele pode não ter todas as qualidades de um namorado imaginário. Mas no fim das contas meu namorado imaginário é um homem perfeito, sabe porque? Porque meu namorado imaginário só precisa de uma coisa: me amar como se fosse a única mulher na face da terra. Acho que não será tão difícil encontrá-lo né?

sábado, 3 de julho de 2010

E o melhor futebol do mundo deixou a desejar

Vou falar hoje do assunto que mais comenta nas últimas semanas: Copa do mundo.
Esse campeonato mundial que move as pessoas e em, algumas faz renascer um fanatismo pelo futebol fora do sério. As ruas estão cheias de verde e amarelo, os guarda-roupas são renovados e até as unhas e cabelos entram no clima. Trabalhar em dia de jogo pra que? é dia de torcer pelo país. Deixa os trabalhos acumulados para depois, brasileiro sempre dá seu jeitinho depois mesmo. É hora de festejar, de cair na folia.. mesmo antes do jogo começar. Se perder ou se ganhar não importa, vamos cair na gandaia e beber até o sol raiar da mesma maneira. E assim, cria-se um patriotismo essa época do ano. Mas perai, eles estão festejando, querendo festa ou torcendo pelo seu país? É, fica uma pergunta no ar.
Nunca fui muito fã de jogo de futebol, copa de mundo muito menos. Mas nesse ano de 2010, aconteceram muitas coisas que chamaram minha atenção e precisam ser comentados, como os movimentos nas redes sociais do tipo Cala boca Galvão que geraram vídeos de todos os tipos e gostos,repercutindo até no New York Times e até hoje o mundo inteiro se pergunta o que seria o Cala boca galvão. Quem nao acompanha as notícias ainda se pergunta o que seriam vuvuzelas e jabulani. O técnico da nossa seleção enclausurou os jogadores e se irritou com a imprensa em uma de suas coletivas, trazendo para sua pessoa uma imagem totalmente adversa de um típico brasileiro. Times como Alemanha, Espanha e Holanda começaram a se destacar e países da américa do Sul como Argentina e Uruguai surpreenderam.
O País inteiro se mobilizou, torceu, gritou e no fim de tudo.. ele apenas chorou. Não acreditou e nem esperava ser derrotado antes de chegar as semi-finais. O time que era temido por todos os outros países, que era o melhor do mundo, aquele que jogava com raça e vontade, que demonstrava em campo o orgulho de ser brasileiro se tornou invisível aos olhos de todos os 190 milhões de brasileiros, tornando os dias de folia e alegria em um dia de silêncio.
O que ganhamos dessa copa foi só experiência, já são 8 anos esperando o hexa que vão se estender em 12. Ainda temos o penta e somos, teoricamente os melhores do mundo.. uma lástima ser apenas teoricamente. O país com a fama de malandro e saber sempre nos últimos minutos do jogo reverter a situação, de nunca desistir.. desistiu da copa desse ano no 2º tempo do jogo contra a Holanda, onde felipe melo respondeu por todos tocando o foda-se, chutando o pau da barraca e ganhando um belíssimo cartao vermelho e dando tchau pro hexa brasileiro.

É como dizia o slogan usado durante o governo do general Médici durante a ditadura no Brasil: Ame-o ou Deixe-o. E me parece que todos brasileiros estão desistindo e deixando não só o pais, mas o futebol também.

Melhor o Brasil tomar vergonha na cara e começar a se conscientizar, senão as coisas podem piorar ainda mais. E que seja pela campanha Cala Boca e aprende a votar. Já que daqui uns meses teremos uma eleição presidencial por vir.