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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Mudanças na educação do Brasil, quem acredita?

A questão é:  o que é educação de qualidade? o que é educação? Há quase 80 dias as universidades federais de todo país estão em greve, dois sindicatos resolveram aceitar a proposta do governo e voltar com as aulas, mas um dos principais chamado ANDES não. A greve continua. O caos continua e só deus pra saber quando vai parar. Nas redes sociais a revolta é grande, milhões de alunos que falam tanta besteira que nem parecem frequentar uma universidade, principalmente federal. E ainda tem professor que solta tanta barbaridade, como foi o caso da professora da UNIFESP, Geórgia Labuto que no seu momento de revolta disse: " Se eu for forçada a dar aulas, vou dar aula de merda. É isso que o governo quer: 96% dos docentes dando aula de merda.". 

Até onde vamos? Não vai parar? Segundo a presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), Marinalva Oliveira não vamos parar não: "Vamos intensificar mais o processo [de greve]. Vamos ver quem tem mais força política". Lamento desapontá-la mas quem tem força é o governo, afinal é ele quem paga o salário e pode a qualquer momento cortar tudo. Será que é tão difícil enxergar isso? Não sou contra lutas estudantis, movimentos grevistas que batalham para um brasil melhor, mas depois de uma ditadura tão forte que o país teve, cheia desses movimentos e nada melhorou, não vai ser agora que isso acontecerá. Infelizmente não acredito em um país melhor no âmbito nacional. Não acredito em mudanças na educação a começar pelos salários dos professores e uma carreira mais valorizada. Se querem mudar educação tem que fazer lá do fundamental, mudar o básico para depois querer reformular a universidade. Tem que eliminar o SISU e ENEM como processo seletivo para ingresso em universidade pública, que convenhamos já nos deu prova mais que suficientes de que é um fracasso. Mas não, nosso país vive de enrolação e sempre vai dar um jeitinho em cada problema que enfrenta.A classe de professores até pode encontrar no meio de toda essa greve alguma resposta por aquilo que procura, mas no final das contas vai voltar para onde começou. Com os mesmos salários, a mesma sala de aula e a mesma situação, pois uma hora o salário vai ser cortado, vai faltar arroz e feijão na mesa, a barriga vai doer e nesse momento vai ser melhor se contentar com o pouco que tem do que não ter nada. 
Pra melhorar educação não precisa melhorar salário, quem escolheu ser professor sabia exatamente os riscos que estaria correndo num país tão injusto como é o Brasil. Além do mais, profissão é paixão. Tem que amar o que faz e fazer porque gosta e sente prazer com aquela atividade, não porque quer enriquecer, se fosse assim era melhor ter  optado por ser  médico, advogado ou até mesmo traficante.

E que a população aprenda duas coisas com tudo isso: voto não é brincadeira e que partido quaisquer que ele seja, quando está no poder não enxerga necessidade alguma, a não ser a sua. E isso acontece até mesmo com o PT, um partido que possui uma lista imensa com movimentos grevistas.
No dia 31 de agosto, vence o prazo para votação do orçamento federal de 2013 e se o governo falar não a todas revindicações, voltaremos na primeira semana de setembro para as mesmas salas de aulas, sem mudanças e como se nada tivesse acontecido. Acordaremos no dia 01 de setembro  e tudo não passará de apenas mais uma greve na história.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

A redação que ninguém vê

Feche os olhos e imagine uma redação de uma TV. Um monte de pessoas correndo para todos os lados, o telefone que não pára de tocar, a caixa de e-mail lotada e ao fundo uma piada sobre algo visto na internet ou sobre alguém que está entre você naquele ambiente. Pois é. É exatamente assim do jeitinho que você imaginou.
Durante toda minha vida, sempre tive duas certezas. A primeira é que eu queria cursar Comunicação Social e a segunda era trabalhar com TV. Desde o principio da minha vida acadêmica, a televisão me seguiu e me ajudou a aprimorar os meus conhecimentos adquiridos na universidade.
O meu interesse sempre foi pela produção. Eu queria saber o que acontece atrás das câmeras, qual a real função do apresentador e como é todo o processo para fazer um programa ou um telejornal ir ao ar. E hoje eu posso afirmar: é magnífico. São muitas pessoas em prol de uma gravação diária, que tem o objetivo de levar informação para milhares de pessoas. Não é uma equipe, são várias equipes que se subdividem pelas suas áreas de atuação e fazem todo um trabalho impecável para fazer acontecer, afinal errar é humano, mas errar no jornalismo, algumas vezes é imperdoável.
A televisão é um lugar em que se aprende de tudo todo momento quando se é apaixonado por comunicação. Um detalhe, uma conversa, um minuto de atenção e você descobre coisas que na teoria podem passar despercebidas. A correria é enorme e a pressão do deadline também, mesmo em uma TV EDUCATIVA, como é o caso da TV UFOP. E o que mais me fascina é aquilo que o telespectador não vê. É o que está por trás das câmeras. É essa rotina diária de uma redação.
Um clima super descontraído, que realmente te estimula a gostar do que faz mesmo quando seu melhor amigo é o relógio. E não se assuste se ver o coordenador de produção ligar o som do computador para ouvir sertanejo na maior altura ou o repórter te enviar um vídeo super sério e quando você abrir é simplesmente algo inusitado. Ou se a moça lá da edição que você conversa tão pouco aparecer com uma tacinha de mousse ou vários chocolates, ou até mesmo se ouvir sua chefe reclamando de dinheiro. Não importa a redação ou o meio de comunicação, é assim em todos os lugares denominados como redação de jornalismo.
Segundo o dicionário Notícia é conhecimento, informação, exposição de um acontecimento. No entanto a noticia é muito mais que isso. É trabalho duro, é compromisso e responsabilidade com um público que espera todos os dias uma informação que chame sua atenção, que dê respostas que ele busca e os livros nem sempre são capazes de responder.
O objetivo é sempre o mesmo, o que diferencia é a maneira como você leva essa informação. A proximidade que a reportagem traz até o público é que faz a diferença. De uma maneira que seja prazeroso assistir um telejornal e não simplesmente porque naquele horário a família está reunida no sofá da sala.
E como funciona? Feche os olhos novamente. E dessa vez, imagine câmeras, luzes sendo carregadas para a sala de redação. Imagine computadores no chão ou sob um banco de madeira desses que você tem em casa. Agora imagine duas placas bem grandes que são o fundo desse telejornal onde seu fundo funciona como camarim para o apresentador. E a volta imagine todo o resto da equipe produzindo as matérias, digitando tudo silenciosamente para dar continuidade aos seus trabalhos, pois um click e toda gravação tem que ser refeita. Imaginou? É assim que acontece com a TV UFOP. Uma redação que ao mesmo tempo é um estúdio de gravação, lugar pelo qual não passa apenas boas histórias e muito trabalho. Toda semana também passa ali um farmacêutico ou um médico, ou um professor e dê vez em quando até o reitor da universidade dá suas caras. O motivo? Paixão. O amor pelo que faz, seja com salário baixíssimos ou com uma estrutura nem sempre a melhor possível faz com que bons profissionais façam belíssimos trabalhos como acontece aqui, na TV UFOP.
Não, espera ai! Não vai embora não porque ainda tem mais. O trabalho não acaba por aqui. Tem a pós produção que é responsável por catalogar e registrar em arquivo todo o material. Um trabalho minucioso que precisa de muita calma para guardar tudo que foi feito durante a semana. Há matérias que são reaproveitadas e essa organização ajuda toda a equipe. Cinco minutos depois da gravação e a correria volta, os telefones não param e o trabalho continua.
 É assim na TV UFOP todos os dias, semanas e meses. E o que os move é a união e trabalho em equipe. A paixão por aquilo que fazem. Afinal já dizia Gabriel Garcia Marquez: "Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começa com mais ardor do que nunca no minuto seguinte."
A caminhada é longa, mas subir cada degrau com calma e transparência é a certeza de que aos poucos podemos alcançar o sucesso. Assim, a televisão UFOP cresce e ganha seu espaço cada dia que passa.