Há três anos atrás nesse mesmo
blog eu escrevi um texto falando da minha paixão com o jornalismo mas também da
minha decepção. Isso aconteceu quando eu estava no meio 2 período do curso de
Jornalismo na PUC MINAS e já trabalhava na TV Record Minas como estagiária. Foi
um verdadeiro choque de realidade, quando eu vi o que era o jornalismo de
verdade e claro, quando eu assustei e tentei fugir. Apenas tentei, porque
quando você nasce com um dom e uma paixão, ela te acompanha o resto da vida.
Apesar da minhas dificuldades, nunca consegui desistir, por mais que eu até
tentasse. Foi quando em meados de 2010, nesse momento eu estava na FACHA, eu
resolvi voltar pra Minas. Senti saudades da minha terra e queria ficar mais
perto da minha vó.
Mas nada na vida acontece como a
gente planeja, e quando eu já não planejava mais nada, a UFOP entrou na minha
vida como um pára-quedas. Apareceu da noite pro dia e permaneceu até o final da
minha graduação. Achei que nunca fosse chegar até o final, porque as
dificuldades foram muitas, principalmente no final de 2011 para 2012. Eu pensei
em desistir todos os minutos, chorava muito, me sentia sem chão, sem rumo e não
sabia o que fazer. A minha sorte é que algumas coisas não vem sozinhas, e a
UFOP veio com um presentão de deus: meu namorado! E com toda certeza do mundo,
um dos principais motivos que me fizeram não desistir no meio do caminho, DE
NOVO, foi ele.
Meu inicio na UFOP foi muito difícil
por muitos motivos. Não conseguia me adaptar a uma cidade tão pequena e logo no
inicio eu perdi a pessoa mais importante de toda minha vida, e se não fosse
pelo amor em forma de João Victor eu jamais teria tido força pra continuar.
Minha paixão do jornalismo veio da paixão pelas pessoas, da curiosidade e do
meu modo de lidar com tudo aquilo que me cerca. Tive duvidas, na verdade tive
milhões de duvidas até chegar na UFOP. Não sofri muito por causa da falta de
estrutura e pelo fato de ser um curso novo, mas sofri com a dificuldade em me
adaptar em um lugar que não tinha nada a ver comigo, e digo isso não só pela
universidade, mas pelas pessoas! Era realmente um mundo completamente diferente
de tudo que eu acreditava. E foi difícil permanecer cada minuto aqui.
Mas o que me fez ficar foi o
tensão pelo Jornalismo, essa paixão louca que a gente não consegue
explicar. Eu achava que não gostava do
jornalismo e muito menos que eu gostava de escrever, acredito que eu tenha
criado um bloqueio muito grande nas outras universidades por onde eu passei.
Minha paixão pela Televisão foi se transformando em uma paixão pelo audiovisual
e pelo cinema, fiz alguns trabalhos na área ate descobrir NOVAMENTE que minha
paixão era a TV e o Jornalismo. E mais do que isso, tinha algo que eu amava
mais do que qualquer coisa e isso se chamava: PRODUÇÃO.
Produção de qualquer coisa:
casamento, congresso, festa, programa de televisão! Trabalhei muito e trabalhei
duro em vários eventos e FINALMENTE me encontrei. Eu sabia o que eu tinha de
melhor e como usar isso. Mas não desisti do jornalismo, porque eu também o
amava.
A UFOP foi minha mãe, minha
segunda.. ops terceira MÃE! Nesse ultimo ano do curso, comecei a perceber
minhas mudanças na escrita, na técnica e no aprendizado como profissional. E
posso dizer sem nenhuma duvida que foi de 10 para 100%. Antes, costumava dizer
que o curso de jornalismo era simplesmente para receber canudo, que ele não
acrescentava conhecimento, porque não me acrescentava mesmo. Hoje não: o curso
de jornalismo da UFOP me acrescentou não só conhecimento profissional como
pessoal também. E nunca vou conseguir ser grata a cada professor e funcionário
dessa universidade que me ajudou, me ouviu ou me estendeu as mãos.
Estou há mais ou menos um mês me
preparando para o FIM. Nunca lidei muito bem com esse negócio de encerrar
ciclos. Terminar uma fase da vida é tão difícil como começar outra. A saudade
aperta mesmo antes de partir e só de pensar na mudança de vida o coração já
chora. O ICSA (Instituto de Ciencias Sociais Aplicadas) fez parte da mina vida
durante dois anos e meio. Reclamei inúmeras vezes , chorei e chorei MUUUUITO,
mas levo tudo e todos comigo como se fossem minha família. Os amigos também
ficam, os BONS e poucos amigos ficam, mas as desavenças também foram embora.
Consegui deixar muito de mim para aqueles que estiveram próximo de alguma
maneira, mas muitos também não conseguiram me compreender. No entanto, quem
nessa vida consegue deixar sua mensagem para todos com um único entendimento?
Nem Deus conseguiu esse milagre HAHAAHAHA
Agora começa uma nova fase, a do
MEDO! Medo do desemprego, do que está por vir e do que não está por vir também!
Só um medo não pode prevalecer: o medo de dizer a verdade, de ser ético e de
amar o jornalismo! Nas ultimas semanas entrevistei mais de dez pessoas das mais
variadas classes e jeitos, para três diferentes meios de comunicação e percebi
o quanto a correria do dia a dia de um jornalista torna-se prazerosa quando
você lida com gente! Gente como a gente, que tem seus medos e dificuldades como
a gente! Mas que também sorri como a gente e sonha como a gente!
Meu ADEUS a UFOP, ao ICSA e a
MARIANA!
Obrigada pela excelente
experiência de viver esses 2 anos e meio tão intensamente que fizeram parecer
terem passado 10 anos da minha vida! Obrigada pelo crescimento e amadurecimento
que eu nunca vou saber explicar!
Até breve, na defesa da
monografia! Até lá o que fica são saudades, apenas saudades de um tempo que não
volta mais.
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